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Eventual ‘curralão’ inquieta políticos
25 de novembro de 2014 11:37
Eventual ‘curralão’ inquieta políticos

A grande preocupação dos políticos mais experientes é com o secretariado do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) se transformar num “curralão”. Não se questiona a titularidade dos cargos técnicos, como das áreas do agronegócio. Mas a ocupação de espaço político por produtor rural sem a intimidade e experiência com a atividade. Em vez de conter, por exemplo, eventual crise política, poderá agravar sem o envolvimento de articulador paciente e agregador. O processo de desgaste é natural numa discussão política e o governador vai precisar de alguém com bom trânsito no meio dos partidos políticos para abafar alguma rebelião ou ameaça de ruptura.

Na equipe de Azambuja terá muitos políticos que são produtores rurais. Um deles se recusou a compor o primeiro escalão. É o deputado estadual Zé Teixeira (DEM).

Ele, no entanto, tem experiência política de 20 anos de exercício parlamentar na Assembleia Legislativa. Outro produtor rural experiente na política é o deputado estadual Márcio Monteiro

(PSDB), eleito para deputado federal. Ele, também, prefere ficar em Brasília a ocupar cargo no primeiro escalão. Ele já foi líder da bancada do PSDB e com experiência para conter crise política.

O que não é o caso do presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel, cotado para assumir a Casa Civil ou a Secretaria de Governo. Para Casa Civil, Azambuja sondou ainda o senador Ruben Figueiró (PSDB), velho conhecido da política sul-mato-grossense. Ele é, também, produtor rural. Mas, sem dúvida, é o político mais experiente no ninho tucano. A política se tornou a principal atividade de Figueiró, que já foi deputado federal por inúmeros mandatos, conhecido de “Formiguinha”, por ser um trabalhador incansável. Ele foi secretário estadual de Agricultura e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mesmo depois de aposentado, voltou à política e hoje é senador da República. Na hipótese de Figueiró ficar na Casa Civil, Riedel assumiria a Secretaria de Governo para tratar de questões administrativas com o governador. Ele não tem experiência política, mas muita força de vontade para trabalhar. Outro produtor rural cogitado para assumir o primeiro escalão de Azambuja é Ademar da Silva Junior, conhecido por Ademarzinho. Ele comandaria a pasta resultado do desmembramento da Se protur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo). Ademarzinho já foi superintendente da secretaria entre 2005 e 2006 no governo petista de José Orcírio dos Santos. Ele cuidava da área de indústria, comércio e turismo, justamente a pasta que será transformada em secretaria por Azambuja.

Mas a participação de representantes do setor produtivo não para por aí. Há ainda Hélio Mandetta Sobrinho, primo do deputado federal reeleito Luiz Henrique Mandetta, para ocupar a outra fatia da Seprotur relacionada com a área de desenvolvimento agrário e produção.

Para este cargo, Azambuja tinha convidado o deputado estadual Zé Teixeira. Mas recusou o convite.

A composição do secretariado com produtores rurais sem experiência político inquieta integrantes da base aliada. Ninguém deseja, no entanto, expor publicamente a sua opinião para evitar conflitos e constrangimentos aos escolhidos para a equipe de secretários.

O governador eleito Reinaldo Azambuja é um dos grandes produtores rurais em

Mato Grosso do Sul. Mas tem larga experiência política, como prefeito de Maracaju, deputado estadual, deputado federal e, agora, futuro govenador do Estado.

O secretariado de Azambuja está sendo chamado de

“curralão”. Mas o futuro governador não parece inquieto com a formação da equipe.

Ele está abrindo espaços aos aliados com o compromisso de eles assumirem o plano do governador estabelecido na campanha eleitoral. Nenhum partido será

“dono” de secretarias. Os aliados terão de se submeter ao programa de governador traçado por Azambuja.

 

 

                                                                                                   Fonte: Correio do Estado.

 

 

 

 

 


Correio do Estado






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