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“Promotores querem a chave da Câmara para legislarem”
24 de novembro de 2015 18:37
“Promotores querem a chave da Câmara para legislarem”

A interferência do Ministério Público Estadual (MPE) nos atos da Câmara Municipal, nestes últimos meses, tem sido vista por advogados e vereadores como uma “intervenção desnecessária”. Para eles, os promotores estão “extrapolando” suas ações ao tentarem intimidar os parlamentares com pedidos de afastamento. Indignados, eles sugeriram entregar a “chave” do Legislativo Municipal para os integrantes do Ministério Público. “Daqui a pouco eles vão querer a chave da Câmara para eles mesmos legislarem”, alfinetou Renê Siufi — advogado de defesa dos vereadores do PMDB, Edil Albuquerque e Paulo Siufi. Em tom de crítica ao trabalho da força-tarefa liderada pelo promotor de Justiça, Thalys Franklyn, Renê comentou que está faltando respeito ao voto do povo. “Eles estão entrando num campo que não é deles, estão extrapolando. Os vereadores têm o mandato por legitimidade popular. Eles têm que respeitar”, declarou. Outro que também reclamou dos atos do MPE foi o vereador Siufi. Para ele, está havendo uma invasão, uma inversão de poderes. “Parece até que uma força maior está interferindo nas investigações ou querendo desviar o foco”, sugeriu o peemedebista sem dar mais detalhes. O fato é que desde o retorno de Alcides Bernal (PP) ao cargo de prefeito de Campo Grande, vereadores estão sendo alvos de promotores. Depois de conseguirem, em agosto, afastar Gilmar Olarte da prefeitura e Mario Cesar da presidência da Câmara, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço direito do MPE, solicitou, em setembro, a prisão e o afastamento de 17 vereadores de Campo Grande. Na época, devido às investigações da operação Coffee Break, foi requisitada também a prisão do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos. Tanto ele quanto Olarte tiveram as prisões autorizadas pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). No caso dos vereadores, o afastamento foi indeferido. Porém, depois desse episódio, força-tarefa do MPE voltou a solicitar a retirada de oito vereadores da Câmara. Desta vez, a motivação foi a existência de “ameaça e coação” à vereadora Luiza Ribeiro (PPS) que declarou sem ter provas, ter havido mensalinho — espécie de propina —, paga a vereadores durante as gestões do PMDB. Como seu depoimento vazou, a vereadora declarou estar com medo das consequências de suas afirmações ao Ministério Público. Diante disso, os promotores resolveram pedir o afastamento de Flávio César (PT do B), Airton Saraiva (DEM), Professor João Rocha (PSDB), Carlão (PSB), Paulo Siufi (PMDB), Chiquinho Telles (PSD), Carla Stephanini (PMDB) e Vanderlei Cabeludo (PMDB).


Correio do Estado






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