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Temer pode ter “mandato tampão” no acordo com PSDB
29 de abril de 2016 19:26
Temer pode ter “mandato tampão” no acordo com PSDB

Na busca por entendimento com integrantes da cúpula do PSDB, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) poderá acabar com a reeleição, a partir de 2018, de todos os mandatários do Poder Executivo. Com a barganha, Temer aceita assumir “mandato tampão” e abrir mão de disputar a recondução à Presidência da República nas próximas eleições. Temer tratou do assunto com o senador Aécio Neves (MG), sobre a possibilidade de enviar ao Congresso Nacional Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevendo o fim da reeleição. Uma vez aprovada, ela impediria que o peemedebista concorresse à sucessão presidencial em 2018. A proposta agrada os tucanos. O texto seria encaminhado com um pacote de propostas que o vice pretende apresentar como alternativas para reanimar a economia, caso o impeachment passe no Senado e a presidente Dilma Rousseff seja afastada. As conversas ocorreram um dia após o vice se reunir com os líderes do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Além do fim da reeleição, os tucanos têm cobrado de Temer que, caso ele assuma a Presidência, não percorra o País pedindo votos para o PMDB, partido do qual é presidente licenciado, nas eleições municipais de outubro. Integrantes da cúpula do PSDB também têm ressaltado nas conversas com o vice que a discussão sobre a composição do novo governo seja feita de forma institucional. A ideia é evitar que tucanos negociem diretamente com o PMDB, como o senador José Serra (PSDB-SP) tem feito. “Ele nos disse que tem um conflito compreensível, de que não pode avançar, que tem de respeitar o rito do impeachment no Senado e, ao mesmo tempo, não pode ficar parado”, afirmou o senador Cássio Cunha Lima. “A única coisa que pedimos é que, para ter paz conosco, que faça esse roteiro institucional.” Entre os nomes cotados para o governo Michel Temer está o de José Serra, para o Ministério da Educação, e do também senador Aloysio Nunes (SP) para a pasta de Relações Exteriores. Após ouvir as bancadas da Câmara e do Senado, Aécio Neves embarcou ontem para São Paulo, onde conversaria com o governador do estado, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a agenda que o partido deve defender. Além do encontro a sós, Temer e Aécio voltaram a se reunir uma segunda vez na quarta-feira (27), na presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL). As conversas ocorreram na residência oficial do Senado. Apesar de o vice ter evitado declarações à imprensa, Renan fez questão de abrir as portas de casa para que cinegrafistas e fotógrafos registrassem o encontro do trio. Depois das conversas, Aécio afirmou que Renan perguntou sobre as intenções do PSDB em um futuro governo Temer. “O que ele busca saber são as intenções do PSDB especificamente em relação ao apoio a esta agenda. Qual é a intenção do PSDB em relação ao governo Michel”, disse Aécio. “Disse a ele de forma muito clara que temos compromisso com o Brasil. Também conversamos sobre a tramitação do processo de impeachment (da presidente Dilma), e ele ficou, a meu ver, feliz com a indicação e aprovação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo na Comissão Especial.”


Correio do Estado






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