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Ministro estuda reduzir tarifas de importação e desonerações
06 de maio de 2016 20:17
Ministro estuda reduzir tarifas de importação e desonerações

Escolhido pelo vice-presidente Michel Temer para assumir o Ministério da Fazenda se a presidente Dilma Rousseff for afastada, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles já estuda um conjunto de medidas de curto prazo para dar um choque psicológico no mercado. Entre as ações que poderão ser divulgadas, estão a redução – ou mesmo o fim – das desonerações tributárias, com exceção do benefício para bens de capital (máquinas e equipamentos); a redução das tarifas de importação de bens e insumos para baixar a inflação; e ajustes no BNDES para reanimar a indústria brasileira. A futura equipe econômica de um eventual governo Temer só vai admitir benefícios fiscais lineares, ou horizontais. Não deverá haver incentivos para segmentos específicos. A queda do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre máquinas e equipamentos contemplaria praticamente todo o setor produtivo. Segundo fontes, Meirelles deve repetir o que fez o expresidente Fernando Henrique Cardoso, que, em maio de 1993, lançou o Programa de Ação Imediata (PAI). A medida previa, entre outras coisas, a criação do Fundo Social de Emergência (que virou a Desvinculação das Receitas da União, a qual permite mexer livremente BRASIL&MUNDO em 20% das receitas), ações de estabilização e negociação com os bancos estaduais, que passavam por forte crise financeira. segunda-feira Na segunda-feira (9), dois dias antes da votação da abertura do processo de impeachment pelo Senado, Meirelles deve costurar todo o plano com o futuro ministro do Planejamento, Romero Jucá. Ele recebeu cartabranca do vice-presidente Michel Temer para fazer suas escolhas. Todos conhecem o estilo Meirelles de comunicação: apenas ele pode falar sobre os rumos da economia. Quando passou pelo BC, Henrique Meirelles proibiu diretores de ter contato com a imprensa diretamente. A regra é a mesma para o momento atual: quem sair falando por aí perde o posto antes mesmo de assumir. Meirelles constrói sua equipe. Nos bastidores, nomes como o de Ilan Goldfajn (economista-chefe do Itaú), Mário Mesquita (exdiretor do Banco Central) e Carlos Kawall (ex-secretá- rio do Tesouro) são cotados para comandar o BC. Já exauxiliares como Carlos Hamilton (ex-diretor do BC) são ventilados para assumir uma das secretarias do Ministério da Fazenda. Outro nome cotado é do economista Mansueto Almeida, um dos responsáveis pelo programa econômico do então candidato à Presidência da República pelo PSDB, em 2014, o senador Aécio Neves.


Correio do Estado






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