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PMDB tem o PSDB como atalho para reconquistar a prefeitura
30 de maio de 2016 19:59
PMDB tem o PSDB como atalho para reconquistar a prefeitura

O atalho do PMDB para reconquistar a Prefeitura de Campo Grande será atrair o PSDB para o bloco formado com PR, PSB, PTdoB e, provavelmente, o DEM. A sinalização partiu do deputado estadual Márcio Fernandes (PMDB), um dos pré-candidatos a prefeito, dando demonstração de não haver interesse de confronto com os tucanos e muito menos com o governo na sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP). Quando o bloco definir, na quarta-feira (1), a indicação do pré-candidato ou pela ampliação da aliança, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) será procurado para entrar na discussão. “Depois do anúncio do pré-candidato do nosso grupo, iremos conversar com o PSDB e chamar para compor conosco”, comentou Márcio Fernandes. Para início de conversa, o deputado manifestou a imposição do grupo de “não abrir mão de ter o cabeça de chapa”. Essa exigência pode ser complicador para contar com adesão do PSDB na formação de ampla coalizão de partidos comprometida em tirar a Capital do caos administrativo. TIRAR ROSE DO CAMINHO As articulações do bloco mostram, ainda, o interesse de remover do caminho a pré-candidatura da vice-governadora Rose Modesto (PSDB). Ela entraria na disputa com apoio da força política do governador Reinaldo Azambuja e da máquina partidária em crescimento. Isto se tornaria grande obstáculo aos planos do bloco conquistar a prefeitura. A alegação para viabilizar a aliança é o fato dos partidos do bloco serem parceiros do governo estadual, além de somarem juntos 10 minutos do tempo de televisão para campanha eleitoral. Esse tempo poderá ser ampliado ainda com a integração do DEM ao bloco. Os líderes, portanto, esperam convencer Azambuja a rever a pré-candidatura de Rose Modesto para apoiar o nome indicado pelo grupo. O problema é Azambuja retirar Rose da disputa. A decisão pela indicação dela é do partido, não do governador, porque se dependesse exclusivamente da vontade dele, o nome escolhido seria do secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, e não da sua vice. MENOS VULNERÁVEL O PSDB é hoje o partido menos vulnerável aos ataques, porque o PMDB entrou num furacão com a enxurrada de denúncias de corrupção sobre os seus líderes. A Operação Lama Asfáltica deflagrada pela Polícia Federal atingiu o exgovernador André Puccinelli, principal líder do PMDB e articulador político na construção de pré-candidaturas e alianças partidárias. O governo de Puccinelli está passando por devassa pelos investigadores da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU). As pesquisas indicam ainda a falta de opção dentro do PMDB para derrotar Rose Modesto, o atual prefeito Alcides Bernal ou um dos irmãos Trad – Marquinhos ou Nelsinho – na disputa por voto para prefeitura da Capital. Por isto da importância da aliança com o PSDB. Assim, o PMDB ou qualquer outro partido do bloco ganharia musculatura eleitoral para derrotar seus adversários em Campo Grande. A estratégia só dará certo se o PSDB sacrificar a pré-candidatura de Rose em favor da coalizão.


Correio do Estado






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