Marcadas as datas das convenções do PSDB, PMDB, PSB e PR, os partidos começam a traçar o esboço de como será a disputa pela sucessão municipal em Campo Grande. As siglas têm até o dia 5 de agosto para realizar as reuniões, conforme calendário da Justiça Eleitoral, e partidos como o PMDB, PT e PP deixarão o evento para o último dia do prazo. Apesar de ficar por último, não há possibilidade de o PMDB mudar o posicionamento de não apoiar nenhum candidato a prefeito, afirma o presidente municipal da sigla, Ulisses Rocha. No dia 5, diz o dirigente, será referendado o consenso interno de focar os esforços na bancada municipal e concorrer apenas com chapa proporcional (vereadores), desfazendo os esforços do PSDB e PSD de conquistar aliança com os peemedebistas. Ainda assim, os tucanos apostam que podem convencer os peemedebistas. Quanto ao PSDB, será homologada a candidatura da vice-governadora Rose Modesto a prefeita e, provavelmente, o nome do superintendente licenciado do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, do PR, a vice, diz o presidente municipal do PSDB, vereador Lívio Leite. “O nome do Claudio é, sim, o mais provável”, afirma. A convenção está marcada para este sábado. No ninho tucano, a indefinição paira sobre a chapa proporcional. Segundo Lívio, a ideia da cúpula do PSDB é fazer um “chapão”, composto pelo partido mais o PSB, PR, Solidariedade, PRB, PROS. No entanto, não são todas as siglas que apoiam esta formação. Há risco de “inchaço” e no arranjo previsto – eleger entre cinco e seis vereadores tucanos e ou tros três aliados – pode não haver espaço para todos. A solução para o problema, segundo o chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, é dividir os partidos em pelo menos três chapas – a primeira, composta pelas legendas que já têm representatividade na Câmara (PSDB, PR e PSB), e as outras duas formadas pelas demais. O PSB, que marcou a convenção para o dia seguinte à do PSDB, no domingo, dá como certo o apoio a Rose e Mendonça, porém não bateu o martelo sobre coligação com os tucanos na proporcional. “Vamos referendar o apoio a Rose na majoritária e discutir alianças na proporcional, sob um ponto de vista que seja favorável ao PSDB. Nosso consenso também é em torno do Claudio, que foi o vice que nos foi apresentado pelo PSDB e dará uma cara de ‘gestão’ para a candidatura da Rose”, antecipa a presidente regional do PSB, deputada federal Tereza Cristina, sobre as discussões do evento do partido no domingo. Além de reeleger o vereador Carlão, a sigla tem, por ora, 30 pré-candidatos à Câmara Municipal, número que será reduzido drasticamente, atesta Tereza, para que a chapa de vereadores seja “pé no chão”, diz ela. O PR, que por sua vez indicará o vice de Rose, realizará a convenção no sábado, mas também ainda não bateu o martelo quanto à coligação na proporcional.