O presidente da República, Michel Temer, afirmou ontem que “seguramente” a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos será votada em segundo turno no plenário do Senado Federal na terça-feira, como prevê acordo entre os líderes da Casa. Temer deu a declaração ao ser questionado por jornalistas, ao final de um evento no Palácio do Planalto, sobre se ele acreditava que os senadores manteriam a data de votação previamente agendada. Ao confirmar que estava convencido de que o cronograma seria cumprido, o presidente ainda fez um gesto de positivo com o polegar antes de entrar em um elevador. O impasse em torno do afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto. Depois que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar Renan do comando do Senado, o núcleo próximo a Temer ficou com receio de que a mudança na chefia do Senado pudesse comprometer a votação final da PEC do teto de gastos, na medida em que o substituto do peemedebista seria o senador Jorge Viana, do PT do Acre. Na terça-feira, Temer se reuniu com Renan e o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDBRR), para tratar das votações no Legislativo. Segundo assessores do Planalto, os dois senadores garantiram ao presidente da República que o cronograma de votação será mantido.