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estudando, mas de leve
14 de julho de 2017 20:17
estudando, mas de leve

As férias de julho dão aos estudantes o merecido direito a uma pausa. Mas e aqueles que estão se preparando para as provas de vestibulares ou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem aproveitar esse período para descansar ou para estudar ainda mais? As provas do Enem estão marcadas para os dias 5 e 12 de novembro deste ano, e as dos vestibulares das universidades que não o adotaram como critério de aprovação, geralmente acontecem depois. Ainda há um tempo considerável para estudar. No entanto, questão que preocupa os candidatos, mesmo durante as férias, é o volume de conteúdo e a necessidade de ler, revisar e fazer simulados de provas. Gabriel Balzachi, 17 anos, vai fazer o Enem 2017 e a prova da Fundação Universitária para Vestibular (Fuvest) para tentar ingressar na Universidade de São Paulo, e decidiu não parar de estudar nestas férias. O curso que escolheu é Psicologia. O adolescente , que está no terceiro ano do Ensino Médio, detalha a rotina fixa de estudos que segue: “Como o Ensino Médio da escola na qual estudo é voltado para a preparação para essas provas, considero que seja no período entre as 9h e 21h, com dois intervalos e uma pausa para o almoço”. Gabriel só diminui um pouco o ritmo no domingo, mas não deixa de tirar um tempo para estudar. Nas férias de julho, decidiu desacelerar e adotar horários mais flexíveis. “Agora eu acordo cedo, começo a estudar e vou até umas 14h. O restante do tempo eu aproveito para sair com os amigos, para ler algum livro que será cobrado na prova da Fuvest, para assistir a séries que nunca assisto ou para revisar conteúdo, fazer provas mais antigas”, conta. MEIO-TERMO O que Gabriel está fazendo é e x a t a m e n t e o q u e o coordenador pedagógico Lúdio da Silva recomenda. “Seria um meio-termo entre descansar e estudar. O mais importante é desfrutar do tempo livre com os amigos e família. Só que não pode perder totalmente o ritmo de estudos”, orienta Lúdio Ele lida com alunos na fase pré-vestibular há mais de 20 anos em uma escola particular de Campo Grande e, para ajudá-los, usa sempre a comparação do estudante que vive a expectativa de entrar na universidade com o dia a dia de um atleta de alto rendimento. “Mesmo quando não vai competir ou está de férias, o atleta não pode descuidar do corpo e da alimentação, por exemplo, que são as ferramentas que ele usa para chegar aonde quer chegar. O estudante é a mesma coisa, não pode descuidar do sono, tem que se alimentar bem, estabelecer uma rotina e não deixar de ter contato com o material de estudo”, detalha. Lúdio diz aos adolescentes que não fará mal tirar a primeira semana livre para viajar ou procurar se divertir na Capital. Porém, é melhor irem retomando o ritmo aos poucos, no início da segunda semana de férias. “Não precisam pegar pesado de estudos como antes. Eles intercalam a revisão e a resolução de provas antigas com um filme, um livro, uma série, de preferência q u e t r a g a m p e r í o d o s históricos como pano de fundo, por exemplo”. Ele recomenda temas como a Guerra dos Farrapos, Guerra de Canudos e o Império Romano. Os estudantes que irão prestar vestibular e têm uma lista de livros indicados pela universidade podem aproveitar esse mesmo período para lê-los.

PRESSÃO

Apesar de estar bastante empenhado, Gabriel não concorda com a rotina a que os estudantes estão s e s u b m e t e n d o p a r a entrar na universidade. “Algo está errado. Tenho muitos colegas sofrendo de ansiedade e depressão por causa da pressão de entrar na universidade. Tomam ritalina e se drogam para ficarem focados e acordados”, afirma. Ele acredita que as provas precisam mudar, e cobrar mais conteúdos que têm que ser assimilados de forma menos mecânica. “Não adianta nada mudar o Ensino Médio se a forma de entra no vestibular ou no Enem não mudar”, opina Gabriel. Henrique Callejas tem 16 anos e está no segundo ano do Ensino Médio. Vai prestar Enem pela primeira vez no final deste ano, como teste, mas já sente a pressão da prova. “Na escola em que estudo se fala em Enem todos os dias”, conta. O adolescente vai tentar o curso de Designer Digital e Animação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pretende “pegar mais pesado” nos estudos no retorno dessas férias. “Eu estou descansando sim, mas não parei de estudar. Leio o conteúdo e reservo de 40 minutos a 1 hora por dia para estudar só para o Enem”, diz. Antes das férias, Henrique estava usando alguns dias da semana para se dedicar exclusivamente à meta.


Correio do Estado






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