Antes da virada do ano, já são quatro postulantes definidos
para concorrer à sucessão estadual
A eleição do ano que vem promete ser pulverizada assim como
a de 2016, quando 15 candidatos concorreram ao cargo de prefeito de Campo
Grande. O número foi recorde na cidade e deve ser também no Estado.
A estimativa foi feita pelos deputados estaduais, que
consideraram alta a quantidade de quatro pré- candidatos à sucessão estadual
antes da virada do ano. “Tem que ter muito mesmo. A sociedade brasileira não é
muito participativa na política. Com a pulverização, acho que a população
participa mais”, declarou o deputado estadual George Takimoto (PDT). Até o
momento, devem concorrer à disputa eleitoral o ex-juiz federal Odilon de
Oliveira (PDT), o empresário Cláudio Sertão (Podemos), o ex-prefeito de Mundo
Novo Humberto Amaducci (PT) e o advogado João Alfredo (PSOL).
Partidos como PMDB e PSDB já possuem projetos eleitorais,
mas ainda não há nada definido. A expectativa dos tucanos é de que o governador
Reinaldo Azambuja concorra à reeleição. A decisão dele deve acontecer depois do
Carnaval. No caso dos peemedebistas, ainda há esperança de que o ex-governador
André Puccinelli aceite o desafio de disputar o comando do Estado. Mas, se ele
não for candidato, a opção é o prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa.
Ainda não definiram, mas também devem lançar candidatos, partidos nanicos como
o PSTU, que em quase todas as eleições têm como cabeça de chapa o servidor
público Suél Ferranti.
Para o deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB), a
pulverização é algo democrá- tico. “Acho isso bom. Os partidos pequenos servem
para ser coadjuvantes dos grandes, eles sempre estão concorrendo e isso é
necessário”, afirmou. Ao contrário dos outros deputados, Lídio Lopes (PEN)
acredita que não haverá o mesmo fenômeno de candidaturas ocorrida em 2016.
“Estado é outra coisa, outra estrutura.
O período e prazo de campanha são muito curtos, e além disso
os 79 municípios são muito distantes. É muito difícil conseguir andar o Estado
todo”, avaliou o parlamentar. Para o deputado estadual Herculano Borges (SD),
muita opção de candidatos pode confundir o eleitor e tirar do foco aqueles que
realmente têm boas propostas de governo.
“Agora é o momento de
o partido fazer apostas, lançar nomes. Esse é o período para ver se vai ter
musculatura partidária, força eleitoral, mas às vezes muito candidato pode
confundir, muita opção não é bom”, opinou.
ELEIÇÃO MUNICIPAL
Em 2016, Campo Grande foi disputada por 15 candidatos que
almejavam ocupar a cadeira no Paço Municipal. O número de postulantes ao cargo
ocupado por Marcos Trad (PSD) foi o mais alto de todos os tempos. Concorreram à
prefeitura, além do vitorioso Marcos Trad, a vice-governadora Rose Modesto
(PSDB), Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Alex do PT, Aroldo Figueiró
(PTN), Athayde Nery (PPS), Coronel David (PSC), Elizeu Amarilha (PSDC), José
Flávio Arce (PCO), Lauro Davi (PROS), Marcelo Bluma (PV), Pedro Pedrossian
Filho (PMB), Rosana Santos (PSOL) e Suél (PSTU).