Azambuja defendeu o diálogo para construir amplo
entendimento com partidos
O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), defendeu
amplo entendimento político com partidos para construção de alianças na
sucessão estadual. Ele se manifestou contrário às agressões por estar
convencido de que esta estratégia só fortalece o projeto eleitoral de
adversários comuns. “Política não se faz com fígado”, afirmou.
“Temos de buscar diálogo, ter responsabilidade e proposta
para apresentar ao povo”, ressaltou o governador, reconhecendo que as agressões
são prejudiciais à formação de grande entendimento político. Essa união de
forças políticas está sendo conduzida pela cúpula do PSDB. Na quarta feira, o
governador reuniu-se com dirigentes tucanos para tratar das conversas com
outros partidos. A intenção de Azambuja é construir ampla aliança para apoiar a
sua reeleição e defender o legado do governo.
“Não podemos
descriminalizar os partidos. Temos de conversar com todos”, recomendou o
governador na reunião com as lideranças do PSDB. Ele ressaltou ainda não ter
medo de desafios e, por isso, quer a união de todos do PSDB e dos futuros
aliados para garantir mais um mandato e o prosseguimento da execução de
projetos de desenvolvimento do Estado. O plano de Azambuja é mostrar na
campanha eleitoral as medidas adotadas para não deixar Mato Grosso do Sul
afundar, como aconteceu em outros estados, que até hoje não conseguem pagar o
salário do funcionalismo público em dia, tampouco promover investimentos. É o
caso específico do Rio de Janeiro.
A crise é tão
profunda que paralisou praticamente todos os setores do Estado, sobretudo a
segurança pública. O presidente Michel Temer (MDB) teve de decretar intervenção
na área de segurança para combater as organizações criminosas, porque o governo
estadual tinha perdido o controle das ações. Em Mato Grosso do Sul, observou o
governador, mesmo fazendo fronteira com Paraguai e Bolívia, a segurança pública
está sob controle. Esse legado será exposto na campanha eleitoral.
Para reforçar essa
defesa nos embates eleitorais, o governador reiterou a sua defesa dentro do PSDB
pelo amplo entendimento com os partidos. “A plataforma política é conversar com
todo mundo”, afirmou Azambuja. E essa conversa “com todo mundo” não ficará
restrita a Azambuja. A missão mais intensa ficará a cargo do presidente
regional do PSDB, deputado estadual Beto Pereira, e de outros líderes tucanos
destacados para essa negociação política.
O governador está apenas participando de reuniões pontuais
para formação da aliança partidária por sua reeleição. De acordo com Azambuja,
Beto já vem conduzindo há algum tempo com outras lideranças do PSDB as
negociações políticas com os partidos. Isso não significa fechamento de acordo
de imediato.
as conversas preliminares indicam para o entendimento com
grande parte dos partidos em Mato Grosso do Sul. O plano do PSDB é construir
grande base partidária para defender a reeleição de Azambuja em todos os
municípios. A ação do governador neste momento é mais de discrição. Beto
Pereira está mais exposto nas negociações até com partidos de profundas
diferenças políticas. Entre os partidos que estão indo de encontro ao ninho dos
tucanos estão o PTB, comandando pelo exprefeito de Campo Grande Nelsinho Trad,
e o PSD, de Fábio Trad e Marcos Trad.