Monitoramentos realizados na região
leste de MS identificaram 473 espécies de plantas e 727 de animais
A Fibria, empresa brasileira e líder mundial na produção de celulose de
eucalipto a partir de florestas plantadas, desenvolve um trabalho de
monitoramento da biodiversidade em sua base florestal em Três Lagoas (MS), com o objetivo de
avaliar as práticas sustentáveis do manejo realizado pela empresa. O
registro da presença de animais convivendo de forma harmoniosa em meio às
fazendas da empresa confirma o manejo sustentável e responsável praticado pela
Fibria na região.
Iniciado em 2007, o programa monitora as espécies da flora e da fauna em
geral (aves, mamíferos, répteis, anfíbios e insetos). “As espécies servem
como verdadeiros termômetros do ambiente e fornecem informações importantes
sobre a qualidade ecológica do ecossistema. Os muitos registros de animais
silvestres e de espécies raras da flora confirmam os bons resultados do manejo
sustentável nas florestas da Fibria”, afirma Maria Tereza Borges, coordenadora
de Meio Ambiente Industrial da Fibria.
“Para monitorar os animais, são utilizadas ferramentas como armadilhas
fotográficas, redes de captura, pontos de escuta noturna, amostragem de pegadas
por distâncias pré-determinadas, dentre outras estratégias que auxiliam na
identificação do animal e confirmam a presença dele”, disse o coordenador de
Meio Ambiente Florestal da Fibria, Renato Cipriano Rocha.
Em relação à fauna, foram detectadas 98 espécies de anfíbios e répteis,
entre elas o lagarto-ápodo (Bachia bresslaui), que está na lista internacional de espécies
ameaçadas de extinção (IUCN).
Entre os mamíferos, foram catalogadas 25 espécies de morcegos, entre
eles o Micronycteris schmidtorum - o primeiro registro conhecido no estado -, e 52 espécies de
mamíferos terrestres. Pela primeira vez foi detectado o bugio (Alouatta
caraya) e outros oito animais presentes nas listas de espécies ameaçadas de
extinção no Brasil e exterior. Merecem destaque nesse grupo a anta (Tapirus
terrestris) e a suçuarana ou onça-parda (Puma concolor), pela grande frequência de
encontros, pegadas e imagens nas armadilhas fotográficas durante os trabalhos
de campo.
O monitoramento ainda resultou no avistamento de 375 espécies de aves,
sete delas ameaçadas de extinção. Em 2017, foram encontradas na Fazenda Barra
do Moeda, pela primeira vez, duas novas espécies de aves na região, sendo ambas
migratórias: a Guaracava (Elaenia chilensis) e Andorinha (Tachycineta
leucorrhoa).
Flora
A coleta de dados sobre a vegetação local realizada em 2017 apontou a
incidência de quatro novas espécies nas áreas da Fibria: o Cafezinho do Cerrado
(Rapanea guianensis), o Falso Jatobá (Peltogyne confertiflora), a Peroba do Campo (Aspidosperma
tomensotum) e a Araçá (Myrcia florida).
Das 473 espécies de flora catalogadas, cinco delas estão ameaçadas de
extinção segundo o Livro Vermelho da Flora publicado pelo IBAMA, dessas, três
delas são classificadas como vulneráveis, sendo: Gonçalo Alves (Astronium
fraxinifolium), Cedro do Brejo (Cedrela odorata) e o Ipê Felpudo (Zeyheria
tuberculosa). Já a Canela
Guaicá (Ocotea puberula) foi classificada como ‘quase ameaçada’ e o Mamajuda (Sloanea obtusifolia) como ‘em perigo’.
O monitoramento da biodiversidade também registrou a presença de três
espécies bastante conhecidas na região que possuem regime de proteção especial
no estado do Mato Grosso do Sul: o Gonçalo Alves (Astronium
fraxinifolium), a Aroeira (Myracrodruon urundeuva) e o Pequi (Caryocar Brasiliensis). Esta última é famosa por ter o seu fruto utilizado em pratos típicos da
culinária sul-mato-grossense.
Além disso, 10 espécies de árvores catalogadas nos monitoramentos são
consideradas ameaçadas de extinção em nível internacional pela lista da União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), sendo: Tataré (Chloroleucon tortum), Pau Marfim (Balfourodendron
riedelianum), Amendoim Bravo (Pterogyne nitens), Gonçalo Alves (Astronium
fraxinifolium), Garobinha(Campomanesia neriiflora), Cedro do brejo (Cedrela odorata), Baru (Dipteryx alata), Jacarandá-Do-Cerrado (Machaerium villosum), Pé de Galinha (Trichilia casaretti) e o Ipê Felpudo (Zeyheria
tuberculosa).
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma
empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global
por produtos a partir da floresta plantada. Com capacidade produtiva de 7,25
milhões de toneladas de celulose por ano, a companhia conta com unidades
industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além
de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. A
companhia possui 1,092 milhão de hectares de florestas, sendo 656 mil hectares
de florestas plantadas, 374 mil hectares de áreas de preservação e de
conservação ambiental e 61 mil hectares destinados a outros usos. A celulose
produzida pela Fibria é exportada para mais de 35 países e matéria-prima para
produtos de educação, saúde, higiene e limpeza. Saiba mais em www.fibria.com.br