O PDT, que tem como pré-candidato ao governo do Estado o
juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, está isolado na esquerda em Mato
Grosso do Sul. O partido anunciou que lançará chapa pura para deputado
estadual, por ter “experiência própria”, e disse que ganha a eleição no voto,
sem precisar de coeficiente eleitoral para a Assembleia Legislativa. Não há
possibilidade de aliança partidária com o PT, sigla da esquerda, de acordo com
o presidente estadual do partido, deputado federal Zeca do PT.
“Sempre estivemos
juntos nas eleições, mas este ano o partido resolveu lançar candidatura própria
com o juiz Odilon de Oliveira, tomando outro rumo”, disse. Zeca avaliou que o
PDT escolheu um candidato de direita. “Ele defende a ditadura, acha que foi um
bom negócio para o Brasil. Seria um crime o PT se aliar com o PDT. Pretendemos
desmontar a candidatura do Odilon fortalecendo o nosso candidato”, declarou. Os
partidos conversaram com relação a alianças, mas segundo Zeca não há interesse
do PT. “Nós conversamos, mas não senti vontade”.
Presidente regional do PSL, o pré-candidato a deputado
estadual Coronel David afirmou não ter sido procurado pelo PDT para fazer
alianças, conforme divulgado pelo vereador Odilon Junior. “Não fomos procurados
por eles”, admitiu. David contou ainda ter procurado o juiz em julho do ano
passado, para ele ser o candidato ao governo pelo PSL. “Nós nos reunimos, ele
se encontrou com o Jair Bolsonaro (pré-candidato à Presidência da República),
mas Odilon decidiu pelo PDT”, disse.
O coronel reconheceu ainda que, em razão de o PDT ser um
partido de esquerda, dificilmente faria uma aliança. “Fomos procurados pelo MDB
e PSDB no Estado e vamos decidir em julho”, explicou. O presidente do partido
de Odilon, João Leite Schmidt, declarou que a sigla lançará chapa pura para
deputados estaduais. “Se fizermos alianças com deputados estaduais de outros
partidos, eu não dou oportunidade para quem está chegando, pois os votos vão
para o deputado do partido coligado”, disse. Schmidt ressaltou que está
avaliando ainda alianças para lançar candidatos a deputados federais. O
deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) disse que deve lançar de cinco a seis
candidatos a deputado estadual e dois para federal. “Se lá na frente
entendermos que temos que fazer coligação para estadual, acho que não tem
problema algum”, explicou.